13 de mar. de 2010
capitulo 13
13° Capitulo
Escapando
Kari só teve uma idéia e ela só teria uma chance de colocar em pratica. Mas não tinha outra escolha.
Kari ousou olhar pela esquina e viu que eram mesmo dois professores, ela já os tinha visto varias vezes no almoço. E pelo jeito eles ainda não sabiam que ela tinha desaparecido. Os dois estavam encostados na parede que fazia esquina com a que Kari estava, estando os dois de frente para a porta.
Kari olhou para o corredor que seguia reto depois da porta e constou que também esta tudo limpo. Kari imagina uma pedra e sem surpresa nenhuma quando abre seus olhos uma pedra de gelo esta em sua mão. Kari se abaixa e se esconde nas sombras como havia feito sem ser pega com Viseu e lança a pedra para onde ela tinha acabado de vir, por sorte ou azar a pedra acerta o vidro da janela e faz um enorme barulho. Os dois professores assustando se com o barulho correm ver o que estava acontecendo. No momento que passam por ela, Kari sai correndo pela porta, tendo certeza que conseguiu atrair mais do que os dois professores ao escutar a voz de Viseu se aproximando.
Kari corre pelo lado de fora se repreendendo por não ter pensado em escapar por uma das janelas. Ela finalmente consegue chegar ao campo de flores facilmente por ser uma noite tão clara, mas seus possíveis perseguidores também podem ter a achado facilmente.
Ao chegar embaixo de sua janela Kari tenta se lembrar onde a falha começava e segue para lá pela sorte. Essas horas já deveriam se onze e meia, ela tinha que se apressar.
Kari se embrenhou no jardim de flores indo em um caminho reto de onde ela achava que seria o ponto de encontro. Mas era como andar em u labirinto, pois as flores eram mais altas que ela e muito juntas não dando espaço para ver por onde estava indo.
Kari tinha a impressão de ter caminhado um bocado quando escutou vozes dali perto. Obviamente desviou-se de seu caminho para ver quem era.
– Temos que achar logo essas crianças fujonas – dizia um homem com um manto cinza, possivelmente da segurança.
– Não acredito que tantas crianças conseguiram escapar dos quartos, temos que pega-las antes que fujam de vez. – responde outro igualmente de manto cinza.
– Elas não irão muito longe, – fala o primeiro. – com Arualdae capturado e preso essas crianças vão ser pegas mais cedo ou mais tarde.
Kari na pode acreditar, Arualdae preso. Ela sabia que não podia ser verdade e por isso tinha que chegar ao ponto de encontro o mais rápido possível, pois afinal havia outras crianças também. Sem querer ao tentar voltar sem fazer barulho Kari tropeça em uma pedra e cai, fazendo barulho o suficiente para que os guardas a escutem.
Os dois imediatamente aparecem afastando varias flores para vê-la ali no chão.
– Fique quieta ai mesmo menina. Você não vai escapar. – diz o primeiro guarda apontando uma lanterna mágica para ela.
Sem nem ao menos pensar duas vezes Kari se levanta e corre com todas as suas forças para longe dos guardas sabendo que seria fácil despistá-los ali, já que nem mesmo ela sabia para onde ir.
Kari segue pelo campo indo para qualquer lado menos o dos perseguidores, mas sem muito sucesso eles continuam atrás dela. Para despistá-los Kari se agacha e vai para a direita, os dois sem perceber continuam reto pensando que ela só estava um pouco a frente.
Kari continua engatinhando querendo escapar daqueles dois mesmo sem saber por onde ir. Kari continuo engatinhando sem rumo por mais alguns minutos até que ela novamente ouviu vozes, com toda a cautela para não ser percebida se aproxima e vê a luz de algumas lanternas mágicas, com medo de os guardas terem achado ela paralisa no lugar esperando escutar as vozes novamente e quando ouve percebe que são vozes de crianças e não adultos. Continua se aproximando aliviada e vê cerca e dez crianças em volta de duas lanternas mágicas em um lugar parecido com uma “clareira” no meio das flores. Todas as crianças aparentavam ter cerca de oito ou nove anos.
– Ele esta demorando muito – dizia um menino que segurava uma lanterna iluminando um caminho que provavelmente foi por onde vieram e um caminho oposto.
– Ainda não é meia noite – diz outro se agarrando ao braço de uma menina que parecia ser mais velha.
– É melhor ele se apressar. – fala o primeiro.
Kari percebe que aquelas crianças na verdade não sabiam que Arualdae havia sido preso. Elas estavam ali sozinhas e poderiam ser pegas a qualquer momento. Só havia uma opção, eles tinham que fugir por conta própria.
Kari se levanta e vai até eles, sem perceber que na verdade os estava assustando, pois eles esperavam Arualdae e mais ninguém.
– Calma, eu me chamo Kari – explica vendo que eles estavam preparados para lutar se fosse necessário. – Vocês devem ser crianças que Arualdae disse que também iam fugir. Ele me disse para vir até aqui, eu também vou com vocês. – continua Kari erguendo as mãos e mostrando que não estava armada ou preparada pra usar magia.
– Cadê Arualdae? – diz o menino que segurava a lanterna. Ele era um pouco mais baixo que a Kari de cabelo escuro e curto.
– Enquanto vinha para cá eu me encontrei com dois guardas – explica Kari apontando para o caminho que ela havia acabado de vir – mas eu acabei me aproximando sem que eles percebessem e escutei um pouco da conversa. Segundo eles Arualdae foi preso por Viseu e estão procurando pela gente. Temos que sair daqui o mais rápido possível. – conclui Kari percebendo que essas crianças não podiam voltar também e a única chance de sobreviverem era eles continuarem com o plano e fugirem dali.
– Você esta brincando? Arualdae esta preso? E você trouxe os guardas até nos? – pergunta o menino da lanterna novamente – sem Arualdae como podemos sair daqui?
– Sim ele esta preso, mas eu acabei despistando os guardas, mas mesmo assim temos que sair daqui rápido. Podemos fugir. – explica Kari começando a escutar vozes se aproximando – Eles vão nos pegar logo, logo.
– Como podemos fugir sem Arualdae? – pergunta o menino que segurava o braço da menina mais velha.
– Arualdae era a nossa única esperança. – diz a menina segurando o braço do outro.
– Eu posso lhes mostrar o caminho – responde Kari, pois não tinham nada a perder. Era melhor eles serem pegos tentando fugir do que ali parados. – podemos ir por ali. – diz Kari apontando para uma abertura no meio da “clareira’ que era o suficiente para que eles fossem em fila indiana.
– E como podemos acreditar em alguém que acabamos de conhecer? – pergunta o menino da lanterna se adiantando a frente dos outros. Kari pode perceber que ele era o líder do grupo e se conquistasse o conquistava a todos.
– E que outra escolha vocês tem? Ficar aqui e esperar serem capturados e virem comigo e escaparem. – pergunta Kari desesperada escutando as vozes cada vez mais perto, eles estariam ali em menos de um minuto. Kari não tinha mais tempo. – Se quiserem vir comigo que venham, pois eu estou indo embora. – diz Kari indo para o caminho que ela havia localizado na “clareira”, mas devagar o suficiente para dar tempo que os outros seguissem ela.
As crianças olham umas para as outras também sabendo que não tinham escolhas se o que Kari havia dito fosse verdade. Uma a uma as crianças foram seguindo Kari ao ouvir as vozes se aproximando do local que estavam, sendo que o ultimo foi o menino da lanterna que relutantemente foi em frente.
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