6 de mar. de 2010
capitulo 12
12° Capitulo
A fuga
Kari já não agüentava mais esperar pela meia noite, ela tinha a impressão de que havia algo errado, mas ela não sabia o que. Foi até a janela pela milionésima vez e não conseguiu enxergar a trilha que Arualdae falou. Ainda faltava meia hora para o por do sol e ela estava tão impaciente.
Mas oras o que poderia dar errado, afinal de contas Arualdae tinha tudo planejado, não?
Kari não agüentava ficar mais em seu quarto, então foi jantar mesmo que estivesse sem um pingo de fome. Chegando ao refeitório viu quase todos os professores menos Arualdae e Taof. Enquanto procurava achou a mesa onde Zeon estava sentando com alguns meninos da sala dela. Kari se apressa a senta ao lado de Zeon sem se preocupar se tinha ou não pego sua comida.
– Do que estavam conversando? – pergunta Kari fingindo interesse na conversa.
– Estávamos querendo saber quando vamos nos tornarmos magos de verdade. É muito chato ter que ficar aqui sem fazer nada. – responde um menino que ala não se lembrava o nome, mas estava sentado de frente para ela.
– Eu espero me tornar mago logo. Daí eu posso ir e acabar com esses rebeldes e o reino ficará bem mais tranqüilo. – fala Zeon se engrandecendo, pois ele tinha acabado de mudar de turma e era o que tinha mais chances de chegar a sétima turma.
Kari já nem estava mais prestando atenção no que eles estavam conversando, ela acredita no que Arualdae havia falado, então ela voltou a procurá-lo, mas não obteve resultados.
Já havia se passado quase uma hora e era melhor Kari resolveu voltar para o seu quarto para manter a imagem de boa menina. Zeon a acompanhava junto com seus colegas, mas quando chegaram à divisa entre parte das meninas e meninos, todos foram para seus quartos menos Zeon que foi com Kari até o dela.
– Você acredita no que Arualdae falou hoje? – pergunta Kari a Zeon enquanto ela fecha a porta depois de se certificar que ninguém tinha visto eles.
– Mas é claro que não. Ele é um louco que está falando loucuras. – responde Zeon se deitando na cama de Kari. – Quem acreditaria nele? Até parece.
Kari por um momento pensou em dizer “eu”, mas mudou de idéia. Ela já tinha tido um monte de conversas com Zeon sobre qual era o lado certo, o do rei ou dos rebeldes, mas nunca chegou a lugar nenhum.
– Mas o que você faria se pudesse fugir daqui? – pergunta Kari se sentando nos pés da cama tentando descobrir se seria uma boa idéia falar sobre o plano desta noite.
– Para que eu fugiria? Se eu fugisse eu seria pego e não poderia ser mago do rei. Eu quero é ficar aqui. Não esta pensando em fugir esta? – pergunta se sentando.
– É claro que não, só estava pensando que se eu pudesse sair daqui eu iria ver meus pais. – responde Kari envergonhada por ter que mentir para ele, mas sabendo que se não mentir os planos estão arruinados.
– Oras, esqueça eles. Agora você tem uma nova família.
Kari olha para Zeon que voltava a deitar e não pode acreditar que ele achava que tinha outra família e que ele tinha se esquecido de seus pais.
– Eu acho que é melhor você ir agora. Eu estou muito cansada e amanha vai ser um dia cheio. – fala Kari querendo que Zeon vá embora logo para que ela possa se preparar para ir, sabendo que Zeon de jeito nenhum viria com eles.
Assim que ele sai Kari corre até a janela e vê que agora já esta de noite, e a lua cheia ilumina todo o campo e flores. Kari volta a procurar o caminho que Arualdae havia falado e vê uma falha entre as inúmeras flores, esta falha forma uma linha sinuosa que ia até onde ela conseguia enxergar. E este poderia ser o único caminho que ele havia falado.
Kari esperou em sua janela vendo se enxergava algum sinal de Arualdae ou alguém mais que fosse com eles, mas não teve sinal nenhum. Então quando deram onze horas Kari resolveu ir atrás dele, mesmo sabendo que o encontro seria meia noite com certeza haveria alguma movimentação por ali e ela nem sabia onde seria o ponto de encontro.
Kari espiou pela porta de seu quarto, o corredor estava iluminado pela luz da lua e não tinha ninguém à vista. Kari saiu de fininho levando consigo sua flor e seu colar. Ao chegar à esquina do corredor escutou passos. Kari se se encostou à parede e tentou se encolher o Maximo que pode nas sombras mesmo sabendo que era uma noite bem iluminada e quase não havia sombras.
Os passos foram se aproximando até que Viseu vira no corredor, ele estava vestindo as suas roupas de sempre, mas desta vez havia um filete de sangue escorrendo de sua boca. Vendo isto Kari repara que suas roupas estão surradas e um pouco rasgadas. Mas Viseu nem percebe que ela esta ali, continua andando pelo corredor e para em frente ao seu quarto.
Kari fica aterrorizada, pois concerteza Viseu iria descobrir que ela não estava ali, mas o pior de tudo, ele podia descobrir sobre a fuga, isso se ele já não tivesse descoberto.
Viseu bate na porta com tanta força uma vez, duas, três, na quarta vez a porta arrebenta e mostra o quarto vazio, ele entra sem acreditar que Kari não estava ali. Sabendo que não podia voltar mais e que já tinha feito cagada Kari aproveita o momento e sai correndo o mais depressa que ela se atrevia sem chamar atenção.
Kari tinha chegado à porta que dava para o campo de flores quando percebeu que ela estava trancada. Provavelmente a única que estaria aberta seria a que dava acesso ao corredor dos professores, ou seja, o lugar mais perigoso para tentar escapar.
Mas sem ter outra opção Kari corre outra vez, rezando para que Viseu ainda não tenha acordado o castelo inteiro. Se aproximando da porta dos professores Kari para de correr e começa a andar encostada na parede, pois afinal já tinha dado certo uma vez por que não outra. Por sorte ela conseguiu passar por todo o labirinto que era aquele prédio sem encontrar mais ninguém até que ela chega à esquina do corredor que da aceso a porta.
Mesmo antes de tentar espiar Kari já sabe que estava perdida, pois ela podia escutar duas vozes de professores conversando ali a um metro dela, a boa noticia era que concerteza a porta estava aberta, agora era só dar um jeito de passar por ali.
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