20 de mar. de 2010
capitulo 14
14° Capitulo
Escapando
Kari continuou andando guiou as outras crianças por aquele caminho. Mesmo andando o mais rápido possível Kari continuou escutando as vozes se aproximando deles.
– Mais rápido. Eles estão chegando perto – falou Kari o mais alto que ela se atreveu para que somente as crianças escutassem. – Vá à frente. – disse Kari chamando a menina que estava com a lanterna e parecia ser um pouco mais velha.
Kari deixou que todos passassem e ficou no fim da fila logo atrás do menino com a lanterna que não gostou nenhum pouquinho.
Eles caminharam por o que pareceram mais uns dez minutos e as vozes continuavam seguindo eles, mas sem nunca chegar perto o suficiente para percebê-los.
– Ahhhhh! – gritaram as crianças que estavam na frente.
Kari correu para ver o que era enquanto as crianças tentavam voltar. Ao passar pela menina que segurava a lanterna ela deu de cara com um muro. Mas este muro não era exatamente um muro. Kari deu um passo para trás e iluminada pela lanterna ela pode ver um bicho de no mínimo dois metros de altura, ele estava todo coberto de espessos e grandes pelos pretos que iam da cabeça aos pés, estava em pé como se fosse uma pessoa e olhava diretamente para Kari.
Kari engoliu em seco e começou a recuar devagar. Pela luz da lanterna os outros deveriam estar uns dez metros atrás dela. Kari sabia que se saísse correndo aquilo iria persegui-los e se não fizesse algo os guardas iriam achá-los depois da gritaria que fizeram. Era morrer ou lutar. Kari escolheu lutar é claro.
Ela ainda não havia entrado em uma luta de verdade usando magia e concerteza não conseguiria derrotar aquilo corpo-a-corpo, só havia uma solução, rezar para que o monstro fosse fraco.
O monstro vendo que todas as crianças estavam paralisadas continuou no mesmo lugar até que as vozes começaram a se aproximar. Kari conseguia escutar no mínimo umas quinze vozes agora. O monstro também e por isso ficou agitado e com medo daquela gritaria que por acaso estava indo direto para eles.
Kari viu que na verdade ele não iria atacar se não fizesse nada, então lentamente virou a cabeça e disse sem palavras para as outras crianças desligarem a lâmpada e seguirem ela. Os dois que seguravam às lâmpadas as desligaram e todas as crianças foram seguindo Kari cuidadosamente.
A trilha continuava a esquerda daquele estranho ser, Kari foi devagar, dando o maior espaço possível. O monstro que também percebeu que aquelas crianças não queriam fazer-lhe mal voltou sua atenção para os gritos e luzes que chegavam cada vez mais perto. Ele deu um urro que arrepiou até as espinhas das crianças que desembestaram a correr após passar por ele.
O caminho continuava sinuoso e antes que Kari chegasse à próxima esquina a toda velocidade ela se virou e viu que os guardas haviam chegado até o monstro, que por sua vez por medo os atacou e agora travavam uma luta injusta onde o monstro perdia feio.
Mesmo querendo ir ajudá-lo Kari não podia, pois tinha um problema bem maior em mãos, os guardas não demorariam em ir atrás deles.
As crianças continuaram correndo como se a vida delas dependesse disso, e o que elas não sabiam era que realmente dependia disso.
O ultimo do grupo, que por acaso era o menino que segurava a lanterna voltou a ligá-la e a apontou para trás para ver se ainda estavam sendo seguidos. Sem saber ele acabou de dar a sua localização para os guardas que tinham ficado para trás por causa daquele bicho. Os guardas voltaram a sua perseguição e como eram muito maiores estavam os alcançando rapidamente. Vendo o que acabara de fazer o menino voltou a apagar a luz e correu mais depressa do que ele achou que ele poderia correr algum dia.
Furou a fila e ao chegar ao lado de Kari falou bem baixinho para que ninguém pudesse ouvir que os guardas estavam na cola deles.
– Guie as outras crianças até o final do caminho – disse Kari ao menino, ela já sabia que os guardas se aproximavam muito rápido, pois escutava suas vozes cada vez mais altas novamente. Dito isto Kari parou e deixou que as crianças continuassem em frente. Ela também sabia que não faltava muito para terminar aquele labirinto, pois podia ver o final dele um pouco a frente.
Sem saber um jeito de deter aqueles homens que agora Kari também estava vendo vir para cima dela, a primeira coisa que veio a sua cabeça foi fechar o caminho e então Kari imaginou que o caminho na verdade terminava ali com uma parede de flores. Aberto os olhos constatou que as flores haviam se juntado em sua frente até que tivessem fechado o caminho.
Kari sabia que aquilo no ia enganá-los por muito tempo então para pega-los de surpresa imaginou um muro, de verdade, atrás da parede de flores, sem nenhuma surpresa ela constatou que o muro era de gelo. Até agora ela não fazia a menor idéia o do por que só conseguir fazer coisas de gelo.
Voltando a realidade e percebendo que os gritos estavam praticamente em cima dela Kari voltou a correr para alcançar a saída.
Ela correu mais alguns metros e já podia ver a luz das duas lanternas mais a frente passando pelo final do labirinto e continuando a diante, isso afinal de contas era uma boa noticia, pois se tivessem ido para o lugar errado teriam voltado para o campo de flores.
Kari continuou correndo com toda sua concentração, pois estava esgotada de tanto correr de um lado para outro e não percebeu que na verdade a armadilha só segurou os guardas por alguns segundos e eles se aproximavam rapidamente.
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