9 de jan. de 2010
capitulo 7
7° Capitulo
Velhos tempos
Nos planos de Kari, se ela fosse uma boa menina e fosse a melhor em tudo, concerteza ela ia achar um jeito de sair dali. Mas se ela fosse uma menina má...
Por isso a operação ‘Boa Menina’ começaria o mais rápido possível. Kari daria o melhor dela na aula com Taof.
Kari ainda estava pensando no que ela teria que fazer e nem percebeu que dois garotos se aproximavam dela. Ela olhou para cima bem a tempo de ver os dois sentando dos seus dois lados, Kari olhou para o que estava na sua direita e viu que ele deveria ter a mesma idade que ela ou ser um ano mais novo, não era muito alto, nem muito magro, tinha o cabelo preto e curto e olhos cinza.
Kari olhou para o que estava a sua esquerda, era um menino da mesma idade que ela, tinha aproximadamente a mesma altura que ela, ele também era branco, mas seu cabelo era preto e ia até o ombro e seus olhos eram verdes.
– Zeon, o que você ta fazendo aqui? – perguntou Kari se dirigindo ao segundo menino.
– Nossa é você mesmo. Eu cheguei aqui semana passada, mas eu é que pergunto o que você ta fazendo aqui? Quando você chegou? Eu não sabia que você tinha poderes também.
– Eu cheguei sem... eu cheguei ontem. Pra falar a verdade eu não sabia que tinha poderes também. Eu descobri num dia e no mesmo dia me pegaram. Mas desde quando você sabe que tem poderes?
– Já faz algum tempo, acho que uns dois meses, mas meu pai me proibiu de ficar usando ele perto dos outros. Foi assim que eu acabei conseguindo ficar fora daqui por tanto tempo. Ei, mas o que você fez para acabar conseguindo chamar tanto a atenção deles para você?
– A culpa não foi minha – respondeu Kari se lembrando do que havia acontecido aquele dia.
– Ei, anime-se, vai ser legal aqui. Podemos se lembrar dos velhos tempos. – falou Zeon tentando animar Kari. – A propósito esse aqui é Daiz, ele é da minha turma. E falando nisso que turma você caiu?
– Ivza me mandou para a terceira turma da Taof. – respondeu Kari se lembrando que daqui a pouco ia terminar o horário do almoço e ela ainda não havia almoçado.
– Sério? – perguntou Daiz mostrando interesse pela primeira vez na conversa.
– Sim, por quê?
– Uau, eu cai na segunda turma. Você deve ter feito algo muito bom ou ser boa com magia. – continuo Daiz.
– Pra falar a verdade eu nem sei direito o que eu fiz naquela hora.
– Ei você sempre sortuda não? Mas não se preocupe, logo eu passo de turma. E logo, logo eu serei um mago do rei – disse Zeon fazendo pose.
– Eu não acredito que você quer ser um mago do rei – disse Kari zangada largando de sua comida que estava mesmo ruim. – Pensei que agente tínhamos dado nossa palavra que sempre íamos lutar pelo bem?
– E eu estarei fazendo isso, o rei manda em tudo então estaremos lutando pela justiça do rei ou você acha que devemos lutar pelos rebeldes que destroem tudo que o rei esta construindo?
Kari não pode acreditar na que ela tinha escutado. Zeon havia dito que queria ser um mago do rei. Ele queria fazer parte do que acontecia com todos e ele ainda dizia que o rei é que estava certo, que o rei é que fazia o bem. Kari só podia ter escutado errado.
– Não acredito que você acha que lutando para o rei estaremos lutando pelo bem. Você acha que fazer o que o rei quer que façamos é lutar pelo bem, que matar pessoas inocentes é lutar pelo bem? – Kari não agüentava mais olhar para a cara de Zeon, por isso ela se levantou deixando sua comida e os dois calados sem entender o que realmente tinha acontecido ali.
Kari sabia que ainda faltavam vinte minutos para acabar o almoço, mas ela não sabia para onde ir e por isso ela foi para a sala de aula, pensando bem era até uma boa idéia pois ela poderia acabar impressionando a professora.
O plano dela só tinha um pequeno problema, ela não se lembrava aonde era a sala dela. Kari tentou virar em alguns corredores mas todos eram iguais e ela não conseguia reconhecer nenhum, ela realmente ficou morrendo de raiva por nunca prestar atenção aonde ela vai.
Depois de ficar andando pelos corredores por um tempo Kari escutou algumas vozes vindo de uma sala mais adiante, ela teve a grande idéia de perguntar como chegar até sua sala e foi em direção as vozes, mas chegando perto Kari conseguiu distinguir uma delas e viu que era Viseu conversando com alguém que ela tinha a impressão que conhecia. Kari chegou mais peto tendo o Maximo de cuidado para que ela não fosse percebida.
– Aquela menina não é tudo que você diz. – dizia Viseu ao outro homem. – Ivza a mandou para a terceira turma. Você disse que concerteza ela iria para quinta ou sexta turma. Ela não passa de uma pirralha que deu muita sorte.
– Mas eu tenho certeza que ela deveria ir para no mínimo a quinta turma. O que ela fez era algo que poucos magos conseguiriam fazer, ela congelou a corda completamente, não só por fora mas ela fez um pedaço da corda se transformar em gelo e fez com que esse pedaço se partisse. Eu tenho certeza disso, foi por isso que ela ficou uma semana desacordada. – se defendeu o outro homem com medo de Viseu.
Kari sabia agora de onde conhecia aquela voz, era o mago que foi buscar ela. Mas porque ele estava aqui discutindo com Viseu sobre o que havia acontecido aquela noite?
– Talvez possa ser que um dos magos dos rebeldes tenha feito isso. Você disse que havia bastante gente lá, não? Talvez um mago rebelde tenha chegado perto o suficiente para fazer isso sem ser percebido. E a menina desmaiar pode ser que seja uma reação de trauma por pensar que os pais adotivos dela iam morrer. Perfeitamente normal, a menina é uma pirralha que não sabe fazer muitas coisas, mas se bem que para ela ter ido para a terceira turma, eu acho que Ivza superestimou aquela menina.
– Concerteza. Eu provavelmente errei. Mas e o menino que eu trouxe? Ele sim será um belo mago.
– Sim aquele menino concerteza será um ótimo mago, mas ainda é pequeno. Ivza queria colocá-lo na quarta turma mas eu achei que seria melhor ele ficar na segunda para que ele se adapte aqui um pouco, logo ele ira para a terceira turma e veremos o que Ivza achara quando ele derrotar a pequena Kari. Eu já falei com o menino, ele concerteza serviria o rei até a morte dele. Mas a menina já será um problema, eu terei que colocá-la sobre meus poderes o quanto antes, se eu conseguir que ela me obedeça ela será de utilidade.
Kari escutou o barulho de cadeiras sendo arrastadas e o mais rápido que ela se atreveu se mexer sem que percebessem que ela estava ali ela deu o fora e voltou para o corredor principal, onde agora alguns alunos já iam para suas salas. Kari avistou umas meninas que sentavam perto dela e pediu que elas lhe dissessem o caminho para a sala. As meninas concordaram em mostrar e em poucos minutos ela estava sentada em seu lugar. Kari só teve uma coisa em mente enquanto ia para sala, memorizar o caminho para que ela não se perdesse de novo.
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