5 de jan. de 2010
capitulo 3
3° Capitulo
Os magos aparecem
Kari ainda pensava no assunto quando bateram na porta. Bron se levantou e foi ver quem era àquela hora da noite. Ao abrir a porta um homem encapuzado entrou o empur-rando.
– Por ordem do rei todos que apresentarem poderes têm de serem levados perante ele. E tivemos informações de que sua filha mostrou seus poderes esta manha, ela deve-rá ser levada imediatamente. – disse o homem lendo um papel para todos .
Kari escutou estas palavras mas não pode acreditar que já tivesse chegado aos ouvi-dos de alguém o incidente da manhã.
– Também por ordem do rei – continuou o homem encapuzado – todos que ajuda-rem ou se misturarem com os rebeldes serão considerados traidores. Chegou aos ouvi-dos do rei que vocês andaram distribuindo comida aos rebeldes e por ordem do rei, vo-cês devem ser executados como exemplos para os outros que pensem que possam enga-nar o rei.
Dito isso o homem enrolou o pergaminho e fez sinal para que outros homens igual-mente encapuzados entrassem na casa, estes homens pegaram a todos e os levaram para fora, prenderam Bron, Raven e Josh e os colocaram em uma carroça. Enquanto outro homem pegava Kari e a levava para outra carroça, onde um homem vestido de preto a esperava. O homem empurrou Kari na carroça e elas foram guiadas até o centro da ci-dade onde uma multidão de pessoas se juntava para ver o que acontecia.
A carroça onde seus pais estavam parou e um dos homens fez eles descerem e irem até o centro da praça principal, para a forca onde eram executados os condenados.
– O que esta acontecendo? – Kari perguntou ao homem que estava com ela na se-gunda carroça e que a impedia de ir até sua ‘família’.
– Eles foram condenados e serão executados por terem se juntados aos rebeldes. – disse o homem enquanto a segurava. – Você tem sorte de o rei a querer no seu exercito, pois se não fosse por isso você também estaria lá sendo executada.
Kari começou a chorar quando compreendeu que os homens que foram a sua casa a tarde eram na verdade os rebeldes e que eles é que tinham fornecido aquela comida para seus pais e era por isso que agora eles iriam ser mortos.
– Eles não podem serem mortos – disse Kari ao homem que a segurava. – não é cul-pa deles.
– O rei não pensa assim, sua família vai servir de exemplo para que outros não co-metam a mesma coisa.
Enquanto eles conversavam a multidão ao redor da praça aumentou, o homem que havia lido as ordens do rei voltou a ler a parte em que os seus pais deviam se executados para que todos soubessem qual foi o crime que aqueles três tinham cometido. Ao termi-nar de ler as acusações ele mandou que enforcassem os três.
Kari não podia ver aquilo, ela sabia que era a única que podia salvar seus pais, ela sabia que só tinha uma chance e que essa chance era usar seu poder para salva-los. Kari se concentrou o máximo que pode, ela queria fazer algo mas não conseguia. O homem encapuzado fez o sinal para que puxassem a corda ...
***
Quando Kari acordou, ela estava em uma cama em um lugar totalmente desconheci-do. Enquanto pensava em como veio parar ali ela se lembrou de seus pais, levantou-se imediatamente e viu onde estava. O quarto tinha uma cômoda encostada na parede ao lado da porta, as paredes eram brancas e tinha uma janela ao lado da cama. Não tinha nada e nem ninguém a vista. Kari se levantou e olho pela janela, ela dava para um jar-dim bonito mas não tinha nenhuma montanha no horizonte, isso significava que ela não estava mais no vale.
Enquanto admirava o jardim Kari escutou a porta se abrindo e se virou bem a tempo de ver um homem entrando. O homem era alto e estava vestido de preto como os ho-mens que haviam pegado ela, mas estava sem capuz e Kari podia ver seu rosto, ele tinha cabelos compridos e brancos, pele branca e olhos claros.
– Finalmente acordou minha menina. Eu sou Arualdae.– disse o homem que entra-va. – Este será seu quarto menina. Como você se chama?
Kari que estava observando o homem entrar e se sentar na beira da cama.
– Hikari, senhor. Mas onde eu estou? O que aconteceu? Como eu vim parar aqui?
– Você não se lembra minha pequenina? Você esta na School of Magicians of King.
– Não pode ser, ela fica na capital e me pegaram ontem à noite, como eu chegaria aqui tão rápido?
– Minha criança você já esta dormindo a uma semana. Eu já estava ficando preocu-pado com você, você usou muita magia.
– Como assim eu estou dormindo a uma semana? O que aconteceu com meus pais? Como assim eu usei muita magia? E...
– Você faz muitas perguntas para alguém tão pequena sabia. Você não se lembra do que aconteceu aquela noite criança?
– Eu me lembro daquele homem chegar, prender meus pais e meu irmão, nos levar para a praça e mandar enforcar eles e... e... não me lembro de mais nada.
– Interessante, então você não se lembra do que aconteceu depois?
– Não, a única coisa que me lembro é de acordar aqui, mas o que aconteceu?
– Não sei ao certo, pois não estava lá , mas o mago que foi te buscar me disse que você começou a chorar e dizer que não era culpa deles e que não podiam matá-los então no momento que mandaram enforcar eles, o mago disse que seus olhos começaram a brilhar e do nada as cordas quebraram, então os rebeldes acabaram chegando e conse-guiram libertar os seus pais e os levaram com eles, o mago disse que assim que as cor-das quebraram você desmaiou.
– Como assim a corda quebrou ?
– o mago me disse que foi ver o que aconteceu para a corda “arrebentar” e ele des-cobriu que a corda foi congelada e não agüentou o peso e acabou quebrando.
– Como a corda congelou?
– Você não tem idéia minha criança?
– Ei, eu não sou criança! E não faço à menor idéia. O que aconteceu?
O homem vendo que Kari ainda estava na janela se levantou e foi até ela se apoian-do no parapeito.
– Sabe, eu só tenho uma explicação para o que aconteceu, você estava muito preo-cupada com seus pais e acabou acordando a magia que esta dentro de você e você con-seguiu congelar a corda, o mago que te buscou disse que não seria possível porque vo-cês estavam muito longe, mas eu acredito que você acabou fazendo isso sem saber e foi por isso que você acabou desmaiando, porque você acabou usando muita magia.
– Como eu poderia ter feito isso? – perguntou Kari olhando o horizonte. – Sou ape-nas uma criança, nem sabia que tinha poderes, isso deve ser um engano, eu não tenho poder nenhum, meus pais são simples camponeses que não tem um pingo de poder.
– Você me lembra de quando me trouxeram para cá, eu também acreditava que não tinha poderes e tinham feito um engano. Mas eu tenho e não foi feito nenhum engano. Sabe, meus pais também me abandonaram, eu cresci sem pai ou mãe, eu era um ladrão-zinho que roubava para viver e quando me descobriram eu nem acreditei, assim como você. Mas você deve saber que se você esta pensando em fugir, você não vai conseguir, hoje em dia estão nascendo poucas crianças com poderes então estão fazendo de tudo para que aquelas que tiverem sejam treinadas como magos do rei.
– Mas eu não quero ficar aqui, eu quero ir para casa e ver meus pais e meu irmão, poder ir toda semana a cidade com meu irmão, poder ir até a fazenda do Zeon para brin-car, se eu for uma maga eu não vou poder fazer nada disso e vou ter que fazer o que o rei quiser.
– Sabe o rei é alguém perverso, ninguém gosta de ficar aqui mas não temos escolha, se fugirmos seremos pegos e trazidos de volta, se nos unirmos com os rebeldes, concer-teza seremos mortos em alguma missão.
– Mas por que tudo isso? Por que o rei quer tanto os magos?
– É que ...
Quando ele ia responder a pergunta de Kari, a porta abriu e um homem de aparência mais jovem entrou seguido de um homem com uma aparência de cansado, cabelos bran-cos e usava um óculos meia-lua, os dois com o mesmo manto negro. Arualdae que esta-va ao lado de Kari na janela fez uma reverencia ao homem que entrava, vendo que Kari continuou ali parada olhando para o homem ele puxou seu braço forçando-a a fazer uma reverencia meio desengonçada.
– Ah! Vejo que acordou minha criança. Eu sou Viseu, eu sou o responsável pela S-chool of Magicians of King. Creio que já conhece Arualdae.
– S-sim, senhor– respondeu Kari ao perceber diante de quem estava.Viseu era um mago poderoso e Kari já tinha escutado muitas historias sobre ele.
– Espero que você esteja bem, minha criança.
– Sim, senhor, eu estou ótima.
– Que bom. Estou interessado em saber quem são seus pais, menina?
– Meu pai é Bron e minha mãe é Raven, senhor.
– Então quer dizer que você não sabe quem são seus pais biológicos?
– Não – respondeu Kari irritada, pois quem havia criado e cuidado dela sempre fo-ram Bron e Raven, para ela, eles sim eram seus pais.
– Tudo bem, é melhor você descansar, amanha veremos em que turma você se en-caixa.
–Sim, senhor – responde Kari, percebendo que já odiava aquele mago.
Os três magos saíram e quando Arualdae foi fechar a porta ele deu uma piscadela e um “até mai”s para Kari. Imediatamente após Arualdae fechar a porta Kari correu até ela e descobriu que estava trancada, mesmo com toda sua força ela não conseguiu forçar a fechadura até que acabou desistindo.
Kari foi até a janela e contemplou novamente o horizonte.
– Eu ainda vou conseguir sair daqui – disse Kari para o vento e foi se deitar pensan-do em um plano.
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