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olá, Bem vindo(a) a meu blog, eu espero que você goste do meu livro.

5 de jan. de 2010

capitulo 2





2° Capitulo
A verdade

Nenhum dos dois disse nenhuma palavra enquanto iam para casa. Ao chegarem mais cedo não viram ninguém em casa, Josh levou a mula até o estábulo e viu que o cavalo não estava ali. Kari foi procurar pela mãe dentro da pequena casa, mas também não achou ninguém, pensou que provavelmente os pais poderiam ter ido até uma das fazendas vizinhas fazer oferecer algumas frutas que não conseguiram vender por estes dias.
– Ei, o que aconteceu lá na floresta hoje? – disse josh entrando do nada na cozinha, onde Kari preparava algo para comer porque ela estava morrendo de fome depois da pequena aventura da manhã.
– Eu já te disse, o Kelvin e o Matheus me amarraram e daí iam me jogar na parte funda do lago, por isso eu comecei a grita e eles me jogaram, quando eu vi, eu estava em cima do lago congelado e vocês estavam vindo pra me ajudar. – explicou novamente Kari enquanto comia esfomeada uns restos dos pães de cedo.
– Foi você que gritou naquela hora? – perguntou Josh incrédulo – eu ouvi gritos, mas eu estava longe de mais para ouvir seus gritos, eu e os outros vendedores fomos seguindo até que encontramos você, mas seria impossível que fossem seus gritos, não é?
– Para falar a verdade eu não sei, irmão. O lago não deveria congelar nessa época também, não é? – disse Kari ao terminar os pães mas ainda com fome.
Josh achou melhor conversar sobre isso quando seus pais chegassem. Eles poderiam ter uma explicação razoável, porque ele só tinha uma : Kari tinha poderes. Normalmente se herdava os poderes de seus pais e não tinha como Kari ter poderes, pois seus pais e ele próprio não tinham poderes, então não fazia sentido.E não seria uma boa idéia, por-que todos que demonstravam poderes eram levados pelos magos do rei para aprender a usar seus poderes, mas o pior era que desde o dia que se juntavam aos magos eles deve-riam servir ao rei até sua morte e Josh não queria isso para sua irmã.
O rei era um ser perverso que já estava no trono há muito tempo, ele não se impor-tava com seu povo, para falar a verdade ele cobrava altos impostos e se não pagassem eram presos, o que era pior do que ser morto, você perdia tudo e acabava se tornando escravo dos ricos que comandavam com igual tirania as cidades do reino.
Enquanto Josh pensava no assunto ele escutou algo, Kari foi correndo ver o que era.
– E Josh, mamãe e papai voltaram e trouxeram alguém.
Josh também saiu receber os pais e viu que os pais voltavam em uma carroça, que provavelmente era da pessoa que vinha junto com eles, pois eles só tinham uma e Josh tinha estado usando ela esta manha para ir a cidade.
Kari foi ajudar sua mãe a descer da carroça e viu que na parte de trás estava cheia de comida e água, além de ter três pessoas armadas com espadas sentadas na carroça.
– Mãe quem são esses? E de onde vem toda essa comida? – quis saber Kari, pois is-so era muito suspeito e só podia vir de um lugar, os rebeldes.
– Não são ninguém e essa comida é para que possamos sobreviver, minha filha. – respondeu Raven empurrando Kari para dentro da casa.
– Josh leve sua irmã para dentro, por favor. – pediu seu pai se virando para conver-sar com os estranhos homens.
Josh levou Kari para dentro e fez com que ela esperasse sentada até que seus pais fa-lassem que podiam sair dali. Mesmo dentro da casa Kari podia ouvir as vozes dos ho-mens que estavam armados, ela não conseguia entender, mas eles pareciam discutir so-bre alguma coisa com seus pais, eles discutiram algum tempo e depois as vozes pararam e houve o barulho da carroça sendo descarregada e indo embora. Depois de um tempo eles escutaram seu pai os chamando para que fossem ajudar a guardar a comida.
– Pai, quem eram aqueles caras? – perguntou Kari enquanto eles jantavam uma co-mida bem diferente da que eles estavam acostumados, em vez de comerem arroz de ontem com um pedaço de pão dormido, comiam arroz que tinha acabado de ser feito e pão fresco.
– Eu já te disse para esquecer o que aconteceu hoje. – respondeu seu pai começando a se zangar com a insistência da menina.
– Sobre o que eles estavam discutindo com o senhor? – continuou fingindo que nem escutava seu pai.
Seu pai lhe olho zangado mais era difícil se zangar com aquela menina, ela estava apenas preocupada com eles.
– Por que voltaram mais cedo hoje, Josh? – perguntou Bron entrando no jogo da fi-lha e fingindo não estar escutando suas perguntas.
– É que .... aconteceu um incidente hoje e eu achei melhor voltarmos mais cedo. – respondeu Josh se perguntando se deveria mesmo contar ao pai o que havia acontecido.
– O que sua irmã aprontou hoje? – perguntou Raven entrando interessada na conver-sa.
– Ei, eu não fiz nada dessa vez. – respondeu Kari com raiva de seu pai por não que-rer responder suas perguntas.
– É que Kari escapou novamente e o Kelvin e Matheus pegaram ela....
– Eu já te disse para não ficar brigando com aqueles dois Kari. – falou Raven inter-rompendo a explicação de Josh.
– Eles estavam batendo na filha da costureira e eu não achei certo deixar eles faze-rem isso. – se explicou Kari envergonhada por ter desobedecido sua mãe.
– Você podia ter chamado alguém.
– E o que aconteceu depois, Josh? Pois eu não acho que vocês deveriam voltar só por isso, não é. – perguntou Bron.
– Kari disse que depois eles a amarraram e iam joga – lá na parte mais funda do la-go. Daí eu e alguns vendedores ouvimos gritos vindo de lá e fomos ver o que era, quando chegamos lá o lago estava todo congelado. – terminou de explicar Josh olhando para a cara de seus pais que estavam tão espantados quanto ele.
– O que aconteceu lá Kari? – indagou seu pai?
– Os dois me amarraram. Eu comecei a gritar. Eles me jogaram no lago, mas quando eu vi o lago tinha congelado num piscar de olhos e o Josh e os vendedores estavam indo ver o que tinha acontecido. – falou Kari se lembrando do que aconteceu.
– Como o lago congelou ?– perguntou Bron começando a assustar Kari.
– Eu não sei. – respondeu querendo estar em qualquer lugar menos ali, pois seu pai nunca se zangava com ela e ela não queria ver ele zangado.
– Matheus e Kelvin disseram que brilhou e depois o lago congelou, pai – se lembrou Josh.
Raven e Bron olharam para Josh tentando entender o que seu filho tinha dito, quan-do entenderam o que ele estava falando os dois olharam de volta para Kari. Raven co-meçou a chorar, Kari não estava entendendo nada, muito menos porque sua mãe chora-va.
– O que aconteceu mãe? – perguntou Kari tentando entender o que havia de mais no que seu irmão havia dito, provavelmente era mentira o que Kelvin e Matheus tinham dito, se fosse verdade significava que ela tinha poderes, o que era uma mentira.
– Kari, – disse seu pai baixando sua voz até se tornar um pouco mais forte que um sussurro – isso significa que você tem poderes. E você sabe o que isso significa?
– Mais pai, você e a mamãe não têm poderes, então eu não posso ter herdado ne-nhum poder, não é ?
– Kari eu tenho que te contar uma coisa. – diz seu pai começando a preocupa lá. – Nós não somos seus pais.
– Pai eu acho que não ouvi direito. Eu ouvi você dizer que não sou sua filha? – Kari só podia ter ouvido errado. Ela havia ouvido seu pai dizer que ela não era sua filha, im-possível.
– Sim você escutou direito. Nós adoraríamos que você fosse nossa filha, mas você não é.
“Nossa filha nasceu morta e quando voltávamos da cidade achamos você escondida perto da estrada, esperamos por seus pais, mas eles nunca voltaram e já que tínhamos perdido uma filha achamos melhor cuidarmos de você como se fosse nossa própria fi-lha”.
“Achamos que você era filha de algum viajante que não queria nenhuma criança pa-ra cuidar ou até que seus pais tinham morrido, por isso nunca dissemos a você ou a nin-guém que tínhamos te achado na estrada. Agora eu vejo que você é a filha de algum mago do rei que queria te proteger deixando você escondida entre alguns simples ven-dedores.”
Dito isso a casa ficou em silencio.
Kari ainda não conseguia acreditar nas palavras de seu pai, as pessoas que por anos ela havia chamado de pais na verdade a acharam na beira de uma estrada. Ela era filha de um mago do rei? Essa era a única explicação que havia para o que tinha ocorrido de manha. Mas isso não fazia sentido, mesmo se um mago do rei quisesse esconder sua filha ele não conseguiria, porque ela também teria os poderes dos seus pais e seria leva-da para servir o rei de qualquer jeito.

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